segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O Consumo na Sociedade Actual


O Excesso de compras no Natal


A nossa pesquisa incidiu sobre o excesso de consumo na actualidade e principalmente na altura do Natal. Sobre este período, em que a febre consumista se apodera das pessoas, recolhemos alguns dados que consideramos importantes e que passamos a apresentar. Assim, de acordo com o relatado por alguns órgãos de comunicação social, os portugueses gastaram em compras 2,1 mil milhões de euros nos primeiros 25 dias do mês de Dezembro de 2006, pagando com o cartão de crédito. Entre pagamentos e levantamentos, em todo o mês de Dezembro foram movimentados 4 mil milhões de euros, os suficientes para pagar um aeroporto da Ota.
Estes gastos dão uma média de 900 euros por segundo.
Num país como o nosso, onde há uma profunda crise económica e social, são vários os factores que explicam o comportamento dos portugueses.
Convém referir que estes gastos tiveram um aumento inferior relativamente ao mesmo período do ano anterior, 5,4%, quando em 2005 tinha havido um aumento de 9% em relação a 2004, verificando-se assim um abrandamento no crescimento do consumo.
Os portugueses gastaram 1.547 milhões de euros em compras nos primeiros 18 dias de Dezembro de 2006. Contas feitas ao segundo dão 29 operações que correspondem a um gasto de 995 euros.
As famílias portuguesas deverão reduzir em média o valor das compras de Natal em 4,8 por cento comparativamente com o ano passado, segundo um estudo elaborado pela consultora Deloitte.
De acordo com o estudo, mais de 90 por cento dos inquiridos afirmaram que a economia está actualmente em recessão, contra os 69 por cento que emitiram a mesma opinião no mesmo período de 2007. Setenta e sete por cento dos inquiridos afirmaram que têm um poder de compra inferior a 2006 e prevêem a continuação deste cenário em 2009.
“Neste cenário, os portugueses pretendem adquirir presentes mais úteis e estarão mais atentos às promoções efectuadas nesta época do ano”, referiu a consultora Deloitte, indicando que a maioria dos inquiridos admitiu que vai estar mais atenta às promoções e gastar mais tempo à procura dos presentes mais baratos, o que se verificou no ano de 2007, pelas notícias que ouvimos nos órgãos de comunicação social.
Apesar das previsões de contenção em despesas natalícias, não se antevê nenhum decréscimo nas compras dos mais pequenos, sendo que os brinquedos electrónicos são apontados como os de maior procura.
Segundo as conclusões do estudo, gastar menos não significa oferecer presentes menos caros, o que poderá ser positivo para certos segmentos de retalho, como grandes lojas de electrodomésticos, artigos de luxo e produtos de marca.
Este estudo, a que recorremos para fazer o nosso trabalho de pesquisa, foi realizado em vários países europeus e também em Portugal.
Este consumo não tem abrandado, pelo contrário até tem aumentado como se tem ouvido nas notícias dos últimos dias sobre as compras do Natal de 2007.
Miguel Pires
Alexandre Kaiser

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